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Qual é o papel de um técnico de áudio durante a sonorização de um casamento?

  • Daniel Romanelli
  • 22 de mar. de 2023
  • 3 min de leitura



Confesso que fiquei um bom tempo pensando em como começar este primeiro post. Poderia falar sobre todo o lado técnico da engenharia de áudio, posição e técnicas de microfonação; ou ainda as falhas dos prestadores de serviço que noto vez ou outra, mas queria começar falando sobre qual o papel de um técnico de áudio durante a sonorização de um casamento.

O papel de um técnico de áudio é servir aos noivos e aos convidados.

Eu já poderia parar por aqui, mas acho que ficou um pouco vago para quem não é do meio musical, né? Vou tentar então exemplificar o que é este "servir" contando um pouco do meu fluxo de trabalho nestes últimos anos sonorizando casamentos. Gostaria só de deixar claro que este relato abaixo não é uma regra, e por vezes temos buscado atualizar nossos processos para melhorar a nossa entrega para os noivos e aos convidados.


Meu trabalho como técnico começa semanas antes do casamento, visitando o local onde será realizada a cerimônia, tirando fotos de onde a banda deve ficar, observando o padrão de tomada (sim, ainda temos muitos problemas com a adaptação do padrão americano para o brasileiro), conversando com os donos do local sobre possíveis dificuldades no dia, questões com vizinhos ou barulho. No dia do evento, eu sempre gosto de chegar com algumas horas de antecedência, geralmente umas 3 horas acho que é o suficiente. Com isso, eu e o André conseguimos ter tempo hábil para montar todo o equipamento, de forma que geralmente está tudo montado com 1:30h antes da cerimônia começar. Neste ponto, teoricamente, a banda já deve ter chegado ao local do evento, pra se aprontarem e passarmos o som. Quando a banda consegue chegar com 1:30h de antecedência, e não temos nenhuma surpresa, como alguma falha na energia, ou mau tempo, geralmente conseguimos finalizar faltando 30 minutos para o começo da cerimônia; o que quer dizer que os convidados que chegam antes não escutarão a passagem, e assim não perderão a surpresa do que vai ser tocado durante a cerimônia!

Parece que já foi bastante coisa, né? Mas não, agora que começa o trabalho de verdade: a cerimônia vai começar. Eu, juntamente com o André, nos dividimos em cuidar do retorno da banda, atendendo as necessidades específicas dos membros ou do cerimonial, enquanto o outro cuida de mixar o P.A para os convidados e para os noivos. E não, não é só ligar e desligar um microfone, é criar um balanço entre os instrumentos e a voz, processo que chamamos de mixagem. A mixagem vai consistir em aumentar e diminuir volumes, equalizar ou comprimir instrumentos ou vozes, ou ainda ou colocar algum efeito, como um reverb (que as pessoas geralmente chamam de eco); ou seja, o técnico deve estar alterando parâmetros o tempo todo, buscando sempre criar este balanço, ora dando destaque para um violino, ora dando destaque para uma frase do violão; até o último acorde ou melodia ecoar no ar, quando os noivos já saíram, juntamente com o cortejo.

Após este pequeno relato sobre nosso processo de sonorização, vamos então voltar então ao cerne da questão: o nosso papel como técnico, se eu puder assim dizer, é participar junto dos músicos para criarmos o melhor ambiente que pudermos para a cerimônia de casamento. Então, ao fazermos nosso trabalho com a excelência que pregamos, possivelmente as pessoas nem vão notar que estivemos lá, e o foco será nos noivos, que são as estrelas do dia; e isto, é o que chamamos de servir aos noivos e aos convidados.



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Belo Horizonte

©2023 por Daniel Romanelli.

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